terça-feira, 16 de julho de 2013

UNIEC defende que campanha publicitária da marca FRIBOI é positiva para o setor



Para entidade que representa as indústrias de carnes no Brasil, as propagandas que contam com a participação do ator Tony Ramos inauguram um novo momento em que a carne brasileira passa a ter nome e padrão de qualidade.

O Presidente da União Nacional da Indústria da Carne – UNIEC, Francisco Victer se disse surpreso com a reação da Presidente da CNA, Senadora Kátia Abreu e do Presidente da ABRAFRIGO, Péricles Salazar à série de comerciais da Marca FRIBOI que está sendo veiculada nos meios de comunicação. Ambos afirmam que a propaganda é uma ameaça às demais empresas do setor e desequilibra o mercado da carne bovina no Brasil.

“Discordo totalmente. O que realmente ameaça a cadeia agroindustrial e desequilibra o mercado da carne bovina no Brasil é a clandestinidade e a falta de profissionalização de todos os agentes desta cadeia” argumenta Francisco Victer.

Para ele, a pecuária e a indústria da carne brasileira têm evoluído muito em quantidade e qualidade, mas ainda carecem de uma maior valorização dos seus produtos.

“É crescente o número de pecuaristas que investe maciçamente em genética, manejo, nutrição, sanidade, bem estar dos animais e práticas ambientais. Produzem um “boi gordo” de alta qualidade, mas na comercialização vendem pelo mesmo preço do de outros pecuaristas que não fazem o mesmo investimento”.

“Já uma boa parte da indústria tem se submetido aos mais rigorosos padrões nacionais e internacionais. Entretanto os preços das carnes no atacado não diferenciam aquelas de boa procedência, com inspeção oficial e outros cuidados, daquelas de origem duvidosa”.

“Está passando da hora da nossa carne deixar de ser uma simples mercadoria e adquirir um padrão de qualidade que se identifica com uma ou diversas marcas”.

“Quando os consumidores valorizarem todos os benefícios que estão sendo agregados à carne de qualidade e passarem a ter uma relação de fidelidade com as suas marcas, todos os elos dessa boa cadeia sairão ganhando” finaliza Francisco Victer.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Uniec participa de reunião para discutir melhorias em estradas do Estado



Nesta segunda 27/05, foi realizada uma audiência com a Diretoria do DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, em Brasília, para cobrar agilidade na recuperação da BR-155 (Redenção-Marabá) e da BR-158 (trecho Redenção- Santana do Araguaia). Presentes, Francisco Victer, presidente da UNIEC; os deputados federais Zequinha Marinho e Lira Maia; os prefeitos de Xinguara, Osvaldinho e de Santana do Araguaia, Eduardo da Machado; o vereador Beto; os presidentes das associações comerciais de Xinguara, Alfredo Soffa e Redenção, Fábio; Presidente do Sindicato Rural de Redenção, Afif Jawabri; coordenador da FACIAPA, Jadiel; representante de Tucumã e demais.

"Numa avaliação bastante realista, após o movimento de paralisação das duas rodovias em 15/04/2013, os progressos poderiam ser mais significativos. Até então o ritmo das obras é lento, a qualidade questionável e a durabilidade pode não ultrapassar o próximo período chuvoso. 

De uma forma geral persistem os inúmeros buracos, as pontes assassinas, a ausência de sinalização e toda sorte de defeitos que uma rodovia pode ter.

Renovamos, então, o pedido de que seja providenciado, em caráter de urgência, um tapa buracos que permita melhorar a trafegabilidade, enquanto os procedimentos burocráticos de contratação das empreiteiras que vão cuidar da recuperação dessas rodovias são finalizados.

Segundo o DNIT, já está contratada a empresa que fará a recuperação dos 200 km da BR-158. É a Pavotec, que agora aguarda somente a publicação do contrato para começar o trabalho. Quanto às pontes, teremos que aguardar mais um pouco, pois falta previsão orçamentária.

No caso da BR-155, os dois trechos extremos, inicial e final, dos seus 344 Kms serão licitados até o mês de junho e o trecho central, entre Rio Maria, Xinguara e Sapucaia, já em obras, será melhor fiscalizado para a aceleração e verificação da qualidade dos trabalhos.

Embora esperássemos mais, somos obrigados a reconhecer que, se não fosse o movimento organizado do empresariado, com destaque para as lideranças de Xinguara, Redenção, " Casa de Tábua" e Santana do Araguaia estaríamos numa condição ainda pior.

Fica a lição de que, se quisermos um dia ser mais respeitados e merecer rodovias trafegáveis e seguras, temos que nos unir e nos organizar mais."

FRANCISCO VICTER 

Presidente da UNIEC

quarta-feira, 8 de maio de 2013

UNIEC realiza reuniões em busca da pecuária sustentável




Em prol do desenvolvimento da pecuária sustentável e mais produtiva, o presidente da União Nacional da Indústria e Empresas da Carne (Uniec), reuniu hoje (8/5), com representantes da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Natalia Guarino, Sérgio Menezes, da Secretaria de Estado de Agricultura (SAGRI) e Paulo Campos, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), para o fomento de um projeto inovador para uma pecuária sustentável no Estado.

“Hoje existem muitas iniciativas voltadas para a melhoria, sustentabilidade e integração da pecuária. E curiosamente o nível de adoção e aplicação não é tão alto. Nosso papel é descobrir porque esses projetos tão abundantes não são aplicados na proporção da necessidade da região”, disse Victer.

No último dia 06/5, também houve outra reunião, que foi encerrada com mais uma fase concluída dessas discussões. “Agora já temos uma ideia, uma linha a seguir, e continuaremos as reuniões para avançar na elaboração do plano com uma proposta que vai ser submetida a Câmara Setorial da Pecuária de Corte e ao Conselho Estadual do Agronegócio e que passará a ser um programa público privado voltado para o incremento da pecuária no Estado do Pará”, relatou Victer.

O início - Há um tempo a Uniec procurou a Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (FAEPA), para discutir com a representação dos produtores rurais, a situação da cadeia agroindustrial da pecuária de corte no Pará. Especificamente, para a redução do rebanho e a diminuição da oferta de bovinos para o Parque Industrial no Estado.

Após essa exposição, foi realizada uma reunião da Câmara Setorial da Pecuária de Corte, que integra um Conselho Estadual do Agronegócio, fazendo parte também o governo e iniciativas privadas. Assim, foi estabelecido que a Uniec, a UFRA, a Embrapa e a Sagri, reuniriam um grupo menor, para discutir a elaboração de um plano para enfrentar essa situação. “Enfrentar a situação da pecuária não poder mais crescer com a abertura de novas áreas, enfrentar a situação onde a pecuária sofre com a competição com outras atividades e também, para analisar essa invasão de matéria prima para outros Estados e exportações”, conta.

Para Francisco Victer, o mercado da indústria local é a prioridade de atendimento. “O Estado deve zelar pela sua própria economia. Industrializando, agregando valor, verticalizando a produção do Estado é a melhor forma de internalizar o desenvolvimento”, conclui.

Fonte: ASCOM Uniec

sexta-feira, 26 de abril de 2013

INFRAESTRUTURA PRECÁRIA ESTÁ TRAVANDO O DESENVOLVIMENTO DO SUL DO PARÁ




Segundo Francisco Victer, liderança empresarial da cadeia agroindustrial da pecuária brasileira, a precariedade das estradas, a péssima qualidade nos serviços de energia elétrica e telefonia, bem como a inexistência de internet de alta velocidade inviabilizam as empresas locais e afastam novos investimentos da região.

Nesta primeira, de uma série de entrevistas sobre a infraestrutura da região, Francisco Victer aborda a questão da energia elétrica.

REPÓRTER: Como o setor empresarial avalia a infraestrutura do Sul do Pará?

FRANCISCO VICTER: Apesar do Sul do Pará ser dotado de inestimáveis recursos naturais, clima e solos propícios e contar com uma classe empresarial dinâmica e mão de obra engajada ao processo produtivo, os negócios da agropecuária, agroindústria, mineração, comércio e serviços vem perdendo competitividade pela precariedade da infraestrutura local.

No caso da energia elétrica, as deficiências ocorrem tanto na quantidade, quanto na qualidade do fornecimento e nos altos preços que são cobrados.

REPÓRTER: De que forma isso afeta a economia da região?

FRANCISCO VICTER: Não há disponibilidade de energia elétrica suficiente para as empresas já instaladas e qualquer outro novo empreendimento tem que aguardar ou arcar com vultosos investimentos em expansão de redes e subestações de rebaixamento para ser atendido.

É o caso do Frigorífico NPL, situado na localidade denominada Casa de Tábua, Distrito de Sawanópolis, no Município de Santa Maria das Barreiras. Trata-se do maior empreendimento industrial do município e custou aos seus investidores R$65 milhões, tudo com recursos próprios.

O negócio que poderia estar gerando 900 empregos diretos e outros 3.500 indiretos, além de abrir mais um mercado para pecuaristas da região, com a compra diária de 1.300 cabeças de bovinos, está concluído e fechado, há mais de 2 anos, por falta de energia elétrica suficiente e estável.

Ao invés de produzir inúmeros benefícios sociais e econômicos para uma região carente, o empreendimento acumula prejuízos aos proprietários, à sociedade local e a todo o Estado do Pará.

Outro caso que bem ilustra esta situação é o de Água Azul do Norte. O Município não dispõe de subestação própria e depende da energia elétrica com tensão já rebaixada vinda de Xinguara por meio de uma linha de 80 Km de distância, sem contar os prolongamentos para os distritos e vilas. Dá para imaginar que, após percorrer toda essa extensão, a energia que chega não seja suficiente para atender sequer o consumo residencial.

Na prática é isso mesmo que acontece: os cidadãos de Água Azul do Norte sofrem constantemente com a instabilidade e com as suspensões no fornecimento de energia elétrica.

Mais grave ainda é a situação do Frigorífico Frigol, maior indústria do Município e geradora de 500 empregos diretos, a empresa, por contrato, deveria receber energia na tensão de 380 volts, mas não é isso que ocorre. Os patamares recebidos na unidade giram em torno de 340 volts, inviabilizando o funcionamento dos mais de 800 motores elétricos que compõem sua linha industrial. O desgaste com a queima de motores é muito grande.

Além dos “afundamentos” de tensão que se repetem, em média, mais de 60 vezes por dia, obrigando o sistema de proteção sempre desligar os equipamentos quando a tensão cai a menos de 332 volts. As interrupções chegam a ocorrer mais de 15 vezes por mês, com uma duração de pelo menos 4 horas a cada evento, isso quando não acontece um dano físico na precária rede que demande a troca de um poste, por exemplo. Aí a demora já chegou a mais de 15 horas, ou seja, perde-se todo o dia de trabalho.

REPÓRTER: Então esses problemas afetam mais as grandes empresas?

FRANCISCO VICTER: Absolutamente não. Infelizmente o problema é generalizado. Atinge mais ou menos intensamente todos os municípios da região, nas cidades e nas zonas rurais.

Durante todos os dias é fácil perceber os surtos que fazem as lâmpadas piscarem e os aparelhos elétricos, eletrônicos e os eletrodomésticos em geral se desligarem ou quando computadores forem mantidos ligados por meio de “no-breaks”.
  
Em todo o Sul do Pará, não existe um cidadão que não tenha sofrido sequer um prejuízo com a perda de negócios, equipamentos e produtos perecíveis, além dos atrasos pelo péssimo serviço de fornecimento de energia elétrica, seja na sua residência, escola, comércio, indústria e até mesmo nas vias públicas.

REPÓRTER: E qual seria a solução apontada pelo setor empresarial?

FRANCISCO VICTER: Não há outra solução, senão investimentos maciços em estruturas de transmissão, rebaixamento e distribuição de energia. Isso compete ao concessionário, no caso a CELPA em articulação com os governos Federal e Estadual.

Lamentavelmente o antigo concessionário, o Grupo Rede, não suportou a gestão do sistema elétrico do Pará e transferiu o controle para o Grupo Equatorial que está completando 5 meses de trabalho. Nesse curto período já conversamos várias vezes com a nova Diretoria, alertando para a necessidade de urgentes investimentos na região. Segundo eles a nova Subestação de Xinguara, em fase de testes e prevista para começar operar na segunda quinzena do próximo mês, irá contribuir para reduzir uma boa parte dos problemas.

Mesmo assim fica sempre para nós uma grande interrogação: Como que um serviço tão caro como a energia elétrica, sem concorrentes e com demanda cada vez mais crescente pode ser tão restrito?

Para mim é injustificável que o Pará que tanto contribui com a geração de energia hidrelétrica para o Brasil não disponha de energia para o seu próprio desenvolvimento.


Fonte: UNIEC

quarta-feira, 27 de março de 2013

Caso da Ocorrência do Agente da Encefalopatia Espongiforme Bovina – EEB (Doença da Vaca Louca) no Brasil.




Abaixo, nota da UNIEC (União Nacional da Indústria da Carne) enviada em 10 de janeiro de 2013, sobre as repercussões do “Caso da Ocorrência do Agente da Encefalopatia Espongiforme Bovina – EEB (Doença da Vaca Louca) no Brasil”.


Desde 07 de dezembro de 2012, quando tornou pública a ocorrência de um “Caso Não Clássico de Encefalopatia Espongiforme Bovina – EEB no Estado do Paraná”, a partir de notificação feita pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil à Organização Mundial de Saúde Animal – OIE, a União Nacional da Indústria da Carne – UNIEC tem acompanhado, com atenção, os desdobramentos desse episódio.

Em meio ao comunicado oficial da OIE, mantendo o status do Brasil como país de risco insignificante para EEB e aos esforços do Governo Federal, através dos seus ministérios da Agricultura, Desenvolvimento e Relações Exteriores para esclarecer o ocorrido às autoridades e parceiros comerciais de todo o mundo, alguns países já impuseram restrições à compra da nossa carne e derivados.

Assim, Japão, Arábia Saudita, África do Sul, Coréia do Sul, China e Taiwan adotaram embargo total; Jordânia e Líbano restringiram o produto do Paraná; Peru suspendeu completamente por três meses; o Chile restringiu apenas a compra de farinha de carne e de osso. A Arábia Saudita, porém, já voltou a comprar o gado vivo.

Diante do quadro atual, a posição da UNIEC é de:
- Convicção de que são desprezíveis os riscos de ocorrência de EEB no Brasil; 
- Reconhecimento do esforço e da qualidade do serviço de defesa agropecuária brasileiro, compartilhado por produtores e governos, sob a liderança do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
- Contrariedade aos embargos comerciais que persistem, mesmo após as manifestações da Organização Mundial de Saúde Animal - OIE, do Comitê Veterinário Permanente do Mercosul – CVP e da Organização Pan-Americana da Saúde - OPAS, bem como pelas garantias apresentadas pelos técnicos brasileiros nas diversas reuniões ocorridas, até este momento;
- Preocupação, embora os volumes e valores não exportados decorrentes dos embargos sejam pouco expressivos, faz-se necessário o pronto restabelecimento da boa imagem do Brasil, a fim de evitar problemas futuros;
- Alerta aos governos, no sentido de não permitirem cortes orçamentários na área de defesa agropecuária e de incrementarem os investimentos, especialmente, numa moderna e ágil estrutura laboratorial de diagnósticos; 
- Expectativa na manutenção da disciplina de produtores no rígido cumprimento da legislação em vigor, como forma de eliminar os riscos de propagação de doenças no território brasileiro.

Brasília, 10 de janeiro de 2013. 
Francisco Victer
Presidente da UNIEC

Fonte: UNIEC

As conseqüências da greve aprovada pela categoria dos Fiscais Federais Agropecuários.



Abaixo, ofício dirigido em 1° de agosto de 2012 ao antigo Ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, alertando sobre as conseqüências da greve aprovada pela categoria dos Fiscais Federais Agropecuários.


Brasília - DF, 1º de agosto de 2012.


Excelentíssimo Senhor
MENDES RIBEIRO FILHO
Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Brasília- DF.


Senhor Ministro,

Antes de qualquer coisa, é necessário reconhecer a importância desse Ministério e de seus servidores para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro.

Todavia, com a possibilidade de ser deflagrada greve nacional dos Fiscais Federais Agropecuários, a partir de segunda feira, 06/08, alertamos Vossa Excelência para as conseqüências que tal fato pode acarretar à indústria nacional da carne e a todos em geral.

Dependendo da magnitude, essa greve pode afetar desde o abastecimento interno até nossas exportações, com prejuízos incalculáveis para consumidores, pecuaristas, indústrias, varejo e governos

É que, dentre as atribuições dos titulares do cargo de Fiscal Federal Agropecuário - FFA, no âmbito desse MAPA e em todo o território nacional, destacamos a defesa sanitária dos rebanhos, a inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal e a fiscalização do trânsito de animais vivos, seus produtos e subprodutos destinados a quaisquer fins, no mercado nacional e internacional.

Para se ter uma idéia, apenas com a não emissão do Certificado Sanitário Internacional - CSI que é da competência do Fiscal Federal Agropecuário, as exportações de carne e miudezas ficam imediatamente suspensas. Não exportando, gera-se um excedente desses produtos que, ao ocupar as câmaras frigoríficas, impede a realização de novos abates e o suprimento do mercado nacional.

Portanto, Senhor Ministro, pedimos a Vossa Excelência que continue a liderar e intensifique os esforços  para uma boa negociação que concilie os interesses do Governo Federal aos da categoria dos Fiscais Federais Agropecuários, de modo que se evite a prometida greve e suas graves conseqüências.

Atenciosamente,

Francisco Victer
Presidente da UNIEC  

Fonte: UNIEC

terça-feira, 26 de março de 2013

Carta da Indústria da Carne à Frente Nacional da Pecuária (FENAPEC)


Abaixo, carta da Indústria da Carne à Frente Nacional da Pecuária (FENAPEC) em 09 de julho de 2012:

2º Encontro Nacional da Pecuária de Corte, FENAPEC

                                                                                         Cuiabá, 09 de julho de 2012.


Prezados Senhores,

A indústria da carne, tradicional parceira do pecuarista brasileiro, aqui representada pela União Nacional da Indústria da Carne – UNIEC, reconhece a grande importância da Frente Nacional da Pecuária – FENAPEC como um espaço democrático para a discussão dos problemas e proposição de medidas que venham fortalecer a cadeia agroindustrial da pecuária.

A indústria da carne compreende a preocupação dos pecuaristas com relação ao movimento de alguns agentes do mercado, na direção da aquisição, arrendamento e locação de plantas frigoríficas, paradas ou em funcionamento, sugerindo a concentração dos abates de bovinos por parte desses agentes.
Tal qual o pecuarista, a indústria da carne, em geral, também se ressente dessa possibilidade e prima pela igualdade de condições e pela livre concorrência.

Entretanto, analisando caso a caso e de maneira ampla, até o momento, a indústria da carne não percebe a ocorrência de concentração e, sim, um processo de acomodação e ajuste positivo do mercado.

Para essa análise a indústria da carne leva em consideração que:
1) O mercado de compra de bovinos para efeito de cálculo de participação é nacional e não regional, podendo inclusive ser global se levarmos em conta os dados de exportação e importação de carne e gado;
2) Todo o quantitativo dos abates deve ser computado para o calculo do percentual de mercado, independentemente se o abatedouro é de inspeção municipal, estadual, federal ou clandestino; e
3) Não há forma de controle de preços nem pelos pecuaristas e nem pelos frigoríficos.

É fato, também, que nos últimos 20 anos, vivemos uma verdadeira revolução na pecuária brasileira com o crescimento do rebanho bovino e a expansão do parque industrial frigorífico, especialmente rumo ao Centro-Oeste e Norte do Brasil.

Nesse período de estabilidade econômica, a melhoria da renda provocou um aumento considerável do consumo interno de carnes que, somado à conquista do mercado externo, causaram uma valorização do produto (boi e carne) jamais visto.

Ocorre que essa valorização tem demandado uma maior qualificação do produto e isto fez o Brasil adotar a internacionalização dos negócios como estratégia de consolidação da nossa participação no mercado externo e fortalecimento do mercado interno.

Ao mesmo tempo, as demandas tradicionais e as novas exigências sobre a atividade têm causado a elevação dos custos e dos preços e a perda da nossa competitividade.

Como conseqüência geral, o fechamento e a ociosidade de indústrias, junto com a estabilização do rebanho, dos preços e do consumo, bem como, um leve declínio no volume das exportações, formam este cenário atual que requer muito diálogo e cooperação entre os elos da cadeia para a realização dos ajustes que permitam a retomada do crescimento.
Nessa linha é que a indústria da carne concorda com a proteção incondicional da rentabilidade do setor e conclama os pecuaristas para um profundo estudo sobre a elevação dos custos de produção e outros fatores que tem ameaçado a estabilidade dos negócios de toda a cadeia produtiva da pecuária.

Para tal, a UNIEC solicita que seja analisado seu ingresso entre as entidades membros do FENAPEC, a fim de melhor se prontificar ao debate e a busca de soluções.

Atenciosamente,
Francisco Victer
Presidente da UNIEC

Fonte: UNIEC