quarta-feira, 27 de março de 2013

Caso da Ocorrência do Agente da Encefalopatia Espongiforme Bovina – EEB (Doença da Vaca Louca) no Brasil.




Abaixo, nota da UNIEC (União Nacional da Indústria da Carne) enviada em 10 de janeiro de 2013, sobre as repercussões do “Caso da Ocorrência do Agente da Encefalopatia Espongiforme Bovina – EEB (Doença da Vaca Louca) no Brasil”.


Desde 07 de dezembro de 2012, quando tornou pública a ocorrência de um “Caso Não Clássico de Encefalopatia Espongiforme Bovina – EEB no Estado do Paraná”, a partir de notificação feita pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil à Organização Mundial de Saúde Animal – OIE, a União Nacional da Indústria da Carne – UNIEC tem acompanhado, com atenção, os desdobramentos desse episódio.

Em meio ao comunicado oficial da OIE, mantendo o status do Brasil como país de risco insignificante para EEB e aos esforços do Governo Federal, através dos seus ministérios da Agricultura, Desenvolvimento e Relações Exteriores para esclarecer o ocorrido às autoridades e parceiros comerciais de todo o mundo, alguns países já impuseram restrições à compra da nossa carne e derivados.

Assim, Japão, Arábia Saudita, África do Sul, Coréia do Sul, China e Taiwan adotaram embargo total; Jordânia e Líbano restringiram o produto do Paraná; Peru suspendeu completamente por três meses; o Chile restringiu apenas a compra de farinha de carne e de osso. A Arábia Saudita, porém, já voltou a comprar o gado vivo.

Diante do quadro atual, a posição da UNIEC é de:
- Convicção de que são desprezíveis os riscos de ocorrência de EEB no Brasil; 
- Reconhecimento do esforço e da qualidade do serviço de defesa agropecuária brasileiro, compartilhado por produtores e governos, sob a liderança do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
- Contrariedade aos embargos comerciais que persistem, mesmo após as manifestações da Organização Mundial de Saúde Animal - OIE, do Comitê Veterinário Permanente do Mercosul – CVP e da Organização Pan-Americana da Saúde - OPAS, bem como pelas garantias apresentadas pelos técnicos brasileiros nas diversas reuniões ocorridas, até este momento;
- Preocupação, embora os volumes e valores não exportados decorrentes dos embargos sejam pouco expressivos, faz-se necessário o pronto restabelecimento da boa imagem do Brasil, a fim de evitar problemas futuros;
- Alerta aos governos, no sentido de não permitirem cortes orçamentários na área de defesa agropecuária e de incrementarem os investimentos, especialmente, numa moderna e ágil estrutura laboratorial de diagnósticos; 
- Expectativa na manutenção da disciplina de produtores no rígido cumprimento da legislação em vigor, como forma de eliminar os riscos de propagação de doenças no território brasileiro.

Brasília, 10 de janeiro de 2013. 
Francisco Victer
Presidente da UNIEC

Fonte: UNIEC

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