quinta-feira, 14 de março de 2013

O Mercado Informal e clandestino da Carne Precisa Ser Enfrentado


União Nacional da Indústria da Carne (UNIEC) agradece à Rede Globo e à produção do Fantástico pela disposição e coragem de seus profissionais para pesquisar, investigar, registrar e exibir o universo informal e clandestino da carne brasileira. 

A matéria veiculada no último domingo, 10/03, sob o título “RAIO-X DA CARNE - Abatedouros Legalizados Fornecem Carnes Prejudiciais à Saúde”, reflete a realidade de pelo menos 30% do mercado nacional da carne que concentra-se mais nas periferias das grandes cidades, nas cidades do interior e nas regiões mais pobres do Brasil. 

As cenas e dados apresentados na reportagem deixam a população brasileira chocada, mas esse quadro só persiste em pleno século XXI, pela ingenuidade combinada com a permissividade das pessoas e pela omissão das autoridades.

O que acontece é que consumidores de boa fé, mas desinformados e atrás de preços ligeiramente menores, deixam de comprar a carne legal e tornam-se financiadores da ilegalidade, atraindo para si e suas famílias males que farão custar caro, a pequena economia feita. 

Infelizmente esse problema não se restringe somente ao atentado à saúde pública e ao bem estar dos animais, trata-se de um conjunto de ilegalidades praticadas na forma de crimes ambientais, descuido com a sanidade animal, trabalho escravo, roubo e furto de gado, sonegação fiscal e desrespeito aos direitos do consumidor.

São incalculáveis os prejuízos causados ao Brasil e a toda sociedade brasileira. No plano nacional, a parte organizada, legal e responsável do mercado pena com a dura concorrência desleal, além de ter que pagar caro pelos danos causados à imagem de todo o setor por esses malfeitores e oportunistas disfarçados de empresários da carne. 
No plano internacional, nosso produto é depreciado e o País sofre severas restrições comerciais. No lado oposto a tudo isto, estamos nós, felizmente a maioria que fazemos parte dos 70% do mercado, que trabalhamos muito, cumprimos as leis e primamos pela excelência de nossos produtos e serviços.  

É sempre bom lembrar que a cadeia agroindustrial da carne bovina é importantíssima para o Brasil. Além de estar presente em praticamente todo o território nacional, gerando empregos, renda e tributos para cidadãos, empresas e governos, as exportações de carne representam muito para o saldo positivo da balança comercial brasileira e para o desenvolvimento do país, sem falar que esta atividade oferece uma das melhores fontes de proteína para a alimentação e nutrição das pessoas.

O Brasil tem o maior rebanho comercial, é o segundo maior produtor, maior exportador e o quarto maior consumidor per capita de carne bovina do mundo. Toda essa performance somente tem sido alcançada graças a uma revolução silenciosa que tem acontecido no campo, nas indústrias e no comércio em prol do aumento da produção com melhoria da qualidade higiênico-sanitária e socioambiental da carne bovina brasileira.

São bastante elevados os investimentos em boas práticas de produção realizados pelo produtor rural, especialmente na genética, nutrição, manejo e sanidade, bem como na manutenção/reposição de reserva legal e das áreas de preservação permanente, e no cumprimento da legislação trabalhista para seus empregados.  

De igual modo, a indústria tem cumprido todos os requisitos impostos pelo poder público e as mais rigorosas exigências dos mercados nacional e internacional no que tangem à qualidade e segurança alimentar. 

Já o comércio, por sua vez, vem acompanhando esse processo e se modernizando de tal maneira que ficou muito mais fácil para o consumidor comprar carne de boa procedência, com qualidade e preço justo.  
Portanto, mesmo reconhecendo os esforços dos governos, dos ministérios públicos estaduais, das ONG’s e da imprensa no combate ao mercado informal e clandestino da carne, a sensação que temos é que ainda falta muito por fazer. 


Assim, entendemos que o trabalho jornalístico exibido no Fantástico constitui-se numa excelente oportunidade para recolocarmos este importante assunto na ordem do dia da opinião pública e, com ela, revigorarmos a ação das autoridades no sentido de defender os bons empresários e toda a sociedade brasileira. 

Fonte: Uniec



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